Consumismo

 Redatora: Samara Mascarenhas Schumacher.

Fonte: própria.

O consumismo pode ser definido como nada mais do que a compulsão que as pessoas têm por comprar qualquer coisa, mesmo que não precisem, mas o consumismo é a ponta do iceberg de algo bem maior, que pode acabar com o nosso lindo planeta que devíamos chamar de casa.

Comecemos por algo chamado, que é uma tática que as empresas têm para fazer as pessoas comprarem a mesma coisa várias vezes. Como? Acompanha essa vibe aqui... Antigamente as lâmpadas eram feitas para durarem anos e anos (tendo inclusive um museu de uma que está acesa até hoje), mas então as indústrias viram que as pessoas só iam uma vez na vida e outra na morte para comprar novas lâmpadas, então decidiram que iam começar a vender umas que não durassem tanto tempo assim, para que desse jeito as pessoas precisassem comprar o produto várias e várias vezes nas lojas. Esse é um dos exemplos de obsolescência programada, quando o produto desenvolvido já é programado para quebrar, fazendo você ter que comprar outro.

Outro aspecto importante (que eu penso que é a base para o consumismo), é a obsolescência perceptiva. Venha para mais uma situação... Imaginemos que você passou o dia todo estudando, está cansado demais para fazer qualquer coisa, e quer relaxar assistindo TV, então você é bombardeado com propagandas dizendo que para você ser feliz você TEM que comprar o novo celular que acabou de sair, ou TEM que aderir ao novo estilo da estação, assim isso fica na sua cabeça e então você gasta o seu dinheiro com essas coisas que na verdade você nem precisava. Isso, meus leitores é o que chamamos de obsolescência perceptiva, onde em tudo quanto é lugar você percebe que "precisa" acompanhar a galera e os seus produtos.

Fonte: própria.

Conhecendo tudo isso, agora você tem uma visão mais realista de como as propagandas e indústrias te tratam, certo? Então agora vamos ver o que isso causa de ruim para o nosso planeta...

Digamos que aquele celular novinho que você comprou foi produzido para mais quinhentas mil pessoas. Para isso foi preciso que as indústrias de exploração de minérios atendessem às demandas que lhe eram impostas, trabalhando mais e pegando atalhos para chegar à matéria prima o mais rápido possível. Talvez você não saiba, mas as indústrias de mineração não são bem ecossustentáveis. Elas poluem o meio ambiente por inúmeros meios, como as barragens por exemplo, porque o que tem atrás das barragens são metais pesados, lama, tudo o que não era "importante" para a retirada do minério desejado. E tudo isso fica dentro daquele espaço, em contato com a natureza em sua volta, e então, BUM! A barragem, que já tava estragando o meio ambiente, se rompe, trazendo toda aquela lama e metais pesados ladeira abaixo, como foi o caso da barragem de Mariana e Brumadinho, que além de poluir o solo, deixou inúmeras pessoas sem casa, com risco de infecção e soterradas. Existem muitas barragens em estado de iminência aqui no Brasil, mas mesmo assim essa ação continua acontecendo. Existe uma outra opção que pode substituir as barragens, que seria a extração a seco, porém esta é muito mais cara.

O que nos leva a este outro ponto, os lucros econômicos. Aparentemente, esse lucro ganho por todas as indústrias vale mais do que o meio ambiente que fornece para elas a matéria prima valiosa. Existem diversos exemplos de como os lucros econômicos se mostram mais importantes do que o planeta Terra em si, e um deles é o investimento na extração a seco. É aquele negócio, vai pagar mais caro? Vai. Mas pelo menos vai ter como continuar retirando essa matéria prima da Terra por mais tempo. Porém parece que não raciocinam assim, não é mesmo?

Desse jeito vemos que nem tudo é um mar de rosas, que o mundo gira em torno de manipulação, lucro econômico e que assim como no tempo de Getúlio Vargas, as propagandas tem o poder incrível de controlar as pessoas e o poder que elas têm, não só na televisão, mas na internet, escolas, outdoors, etc. Um dos jeitos mais eficazes de acabar com esse consumismo desenfreado é realmente as pessoas notarem que não precisam comprar tudo que veem, e do outro lado, as indústrias e empresas deixarem o lucro econômico um pouco de lado e racionalizar essa produção em massa desnecessária. Além de que, claro, uma estação de reciclagem em cada cidade do Brasil não faria mal a ninguém.

Fonte: própria.

Referências

LEONARD, Annie. The story of stuff.2015. Disponível em: https://youtu.be/2URu0cWVJYs. Acesso em: 28. fev.2021.

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Editora: Deyse Manuele

Revisora: Kethelin Zaire